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terça-feira, 27 de julho de 2010

O duelo multitouch

A tecnologia de reconhecimento do toque deixou de ser mero luxo e tornou-se necessidade para os consumidores mais exigentes de gadgets por aí. Indo mais longe, podemos afirmar que aqueles que nunca foram interessados no assunto passaram a adorar novos lançamentos, apenas pelo incrível touchscreen.

Mesmo despertando tanto interesse no público, a grande massa consumidora não tem ideia das principais diferenças e características dos produtos, que poderiam ser fundamentais na compra e/ou troca de seu gadget pessoal. Uma coisa que não é de conhecimento geral é que nem todo touchscreen trabalha da mesma maneira. Para dar um maior enfoque à tecnologia multitouch - que é a mais encantadora - podemos citar duas tecnologias bastante diferentes, mas que existem para o mesmo fim: as telas resistivas e capacitivas.

As diferenças entre elas já resultaram em intensos debates para determinar qual delas é a melhor. Obviamente, todos foram inconclusivos. A preferência claramente é fundamentada no uso que o gadget tem para cada usuário.

Para começo de conversa, vejamos um pequeno texto que explica bem suas diferenças.
Texto esse de autoria de Mauro Martins, presente no blog
Rodrigostoledo.com:

Telas Resistivas

Telas resistivas são compostas por várias camadas de material, e, entre estas camadas, duas camadas de material condutor de eletricidade. Conforme pressionamos a tela, estes materiais fazem contato, e, através do conceito de divisor de tensão, podemos saber a sua posição em coordenadas X-Y. Telas mais recentes também conseguem sentir a intensidade do toque, e, assim, saber se o objeto que a está tocando é uma Stylus ou um dedo. O N800 é um gadget que utiliza muito bem este recurso.

Uma tela resistiva oferece entre 75% a 85% de precisão, e sempre necessitam ser calibradas, por causa do desgaste do material, o que acaba mudando a tensão de referência. São as telas mais baratas do mercado.

Telas Capacitivas

Telas capacitivas funcionam de uma maneira diferente: o material da mesma (normalmente um óxido fraco) é alimentado com uma pequena tensão, de modo a acumular energia (efeito conhecido como capacitância). O nosso corpo também é um capacitor, e, quando em contato com a superfície, retira alguns elétrons da mesma (ou doa!), assim sendo detectada a posição do toque. Como a mesma trabalha com troca de elétrons, canetas Stylus normais não funcionam, somente os dedos ou canetas especiais (em contraste com a resistiva, onde qualquer objeto é capaz de fazer as duas camadas condutoras se tocarem). A precisão deste tipo de tela é praticamente 100%, ela é de alta durabilidade, mas não pode trabalhar em ambientes muito frios ou quentes. Veio aparecer por causa do iPhone e a sua interface revolucionária, a qual não funcionaria a contendo se não fosse este tipo de tela.

Postado por rodrigostoledo abril 23, 2009


Tendo entendido melhor como cada uma delas funciona, podemos perceber bem como a diferença de uso pode - e deve - influenciar na escolha do gadget.

Transcrevendo tudo isso para o mercado atual, temos tuas grandes empresas que investem bastante em uma dessas duas tecnologias.

A tela resistiva ganha todo o carinho e atenção dos smartphones Nokia, que têm vários aplicativos para download que permitem o desenho livre, que, por sua vez, são privilegiados pela capacidade da tela resistiva de perceber o toque de qualquer objeto, e ainda analisar a intensidade deste.

Já a tela capacitiva tem como grande aliado aquele que a trouxe ao mundo, o iPhone. Promovendo uma maior interatividade, os aplicativos para iPhone esbanjam da precisão dessa tecnologia em jogos e outros aplicativos diversos, geralmente voltados ao lazer.


Particularmente, sou super fã da tela capacitiva. A precisão que ela proporciona é de encher os olhos...

Porém, fiquei um pouco balançado ao ver o vídeo a seguir. Rodando My Paint no Nokia N900 - que tem uma tela resistiva - foi criada uma ilustração praticamente realista! É realmente incrível como pode-se usar (muito) bem a capacidade das telas resistivas para esse fim.



Bem, é inegável que a tela resistiva tem seus prós. Mas, do outro lado, a capacitiva também da um show! Portanto, é interessante analisar para que ambas servem. Se o seu uso para seu gadget é voltado mais a jogos e exibição de filmes, telas capacitivas são a melhor escolha. Porém, se você busca softwares de ilustração, a tela resistiva se da bem melhor. Para as outras aplicações ambas têm resultados muito próximos.

Não esqueça de conferir antes de trocar seu smartphone!

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