Páginas

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Onde foi parar meu CD?

Nessa última keynote da Apple, Jobs apresentou ao mundo seu novo logo para o iTunes. Durante o próprio evento, o chefe da Maçã ainda disse que estavam reformulando o logo para tirar o CD que ali existia; uma vez sendo a inovação a proposta principal da empresa.
Declarações como a de Jobs só potencializam um fato que naturalmente está acontecendo: o abandono da mídia física.



Voltando no tempo alguns anos, podemos observar um fluxo de informações bastante limitado, condicionado pela capacidade de armazenamento dos aparelhos dos quais a sociedade dispunha. Filmes de baixa qualidade - rodando, é claro, numa TV de tubo de, no máximo, 39" - eram reproduzidos por equipamentos (videocassetes) bem grandes, e armazenados em um dispositivo chamado Fita k7. Essa companheira dos domingos nublados carregava, em sua fita magnética, uma quantidade de informação bem limitada... e possibilitava uma imagem bastante pobres, mas que supriam bem a demanda.
Arquivos de computador circulavam o mundo em pequenos quadrados de 5" ou 3,5". Esses, chamados disquetes, carregavam de 160Kb a 5,7Mb, e eram grandes aliados no transporte de informações.
Em paralelo a isso, surgia uma tecnologia que prometeria inovar o mundo digital. Armazenando uma boa quantidade de megabytes, o CD (Compact Disk) prometia ser uma boa alternativa. O pequeno objeto circular de 12cm de diâmetro teria capacidade de gravar o equivalente a 478 disquetes comuns ou 80 minutos de música; fato que fazia o CD superior tanto aos diquetes quanto aos discos de vinil - uma vez que esse poderia ser gravado do próprio computador do usuário.
A revolução trazida pelo Compact Disk foi enorme... a tecnologia se expandiu por todo o globo, criando usuário fiéis do produto. Logo após sua estagnação no mercado, o CD deu a luz a um filhote que se tornaria - assim como seu progenitor - indispensável em qualquer residência do planeta: o DVD.
Muito parecido com o CD, o DVD possibilitava, ao usuário, que este gravasse dezenas e dezenas de arquivos sem problemas. Sua capacidade de armazenamento de 4.7Gb, somada a sua alta portabilidade, fizeram o DVD dominar os quatro cantos do mundo - o que podemos acompanhar até hoje. O DVD não entrou para o mercado das músicas - deixando aí espaço para seu antecessor - adentrando ao antes dominado mundos dos filmes. A fita cassete perdeu completamente o espaço para a nova tecnologia, quando esta sofreu uma redução intensa de preços, e passou a ser disponível também às famílias de mais baixa renda.

A situação atual é bastante complexa. Temos hoje, como mídias físicas, DVDs, CDs, discos de Blu-ray, HDs externos, pendrives e afins. Os DVDs e CDs, já evoluídos e experientes, são mais baratos, e existem nas mais diferentes maneiras. Blu-rays, por serem relativamente novos, são ainda caros; mas propiciam ao usuário uma imagem muito mais real (quando na exibição de filmes) e uma capacidade de armazenamento maior (6x ou 12x mais espaço). HDs, pendrives, cartões SD e afins entram em uma categoria a parte, promovendo um armazenamento seguro e bastante espaço.

Porém, além de todas esses dispositivos físicos, temos a nossa disposição todo um sistema de rede, que liga todos os computadores do mundo. Seu nome é Internet... provavelmente você a conhece. Usando desta, temos meios de armazenamento muito mais seguros, práticos, baratos, e tudo mais.
Hoje, temos a nosso dispor inúmeros HDs virtuais - gratuitos e pagos - com vários gigas de capacidade, e com protocolos de segurança bastante seguros. Além do mais, temos uma utopia chama "Cloud Computing", ou "Computação na Nuvem". Sucintamente, podemos caracterizar essa como o armazenamento de informações (programas e aplicativos também inclusos no pacote) em servidores, digamos, "fictícios". Algo como usar da memória e do espaço da própria rede... o que possibilita o funcionamento de qualquer aplicação, mesmo esta não estando instalada em seu HD.



Tudo isso, infelizmente, ainda é fantasia. O uso integral da "Computação na Nuvem" é, por ora, irreal; uma vez que estamos todos condicionados a armazenar nossas informações em dispositivos com um "feedback tátil". Porém, com o passar do tempo, tal tecnologia se tornara mais confiável e estável, promovendo uma "debandada" natural do meio físico para o digital.
Vale lembrar que, enquanto CDs, DVDs, HDs e afins atravessam um processo de fabricação, e poluem o ambiente quando descartados, o armazenamento de informações na rede é completamente limpo - além de ser mais simples, prático e barato.

Podem ter certeza, "Cloud Computing" é "a onda do futuro"!

---
Informações retiradas de Wikipédia
Imagens de Infoescola e


Nenhum comentário:

Postar um comentário